quarta-feira, agosto 18, 2004

Name yer poison

Os holofotes da estátua do Eça fumegam sob a chuva. Pego nesta coisa que vivi e ponho-a de par com uma imagem do Olympia na qual se vê o estádio rodeado de um anel de holofotes apontados ao céu. Há também a Londres molhada da Marca Amarela. Tenho de quero tricotar essa camisola. A chuva em Hemingway. O MB. A chuva em Gene Kelly. A chuva como uma extensão do estado de espírito de quem a apanha. Em Espanha. Se estás triste a chuva é triste. Se estás contente, é contente. Forças da natureza? O impessoal não existe.

Nunca se ouve alguém falar de cinema como alimento espiritual. Que faz a missa pelos fiéis? Que faz ela que a sala de cinema não faça? Matinés no São Jorge. Sair da penumbra para a luz do dia, da ficção para a realidade, e encontrar a cidade lavada no sol da tarde consola como receber à saida do banho uma toalha que guarda ainda o calor do sol que bate no estendal.

Estranho lapso o dos teólogos. Os seios são, obviamente, uma prova da existência de Deus.

2 comentários:

Frater Caerulus disse...

Que consolo.
(…) encontrar a cidade lavada no sol da tarde consola como receber à saída do banho uma toalha que guarda ainda o calor do sol que bate no estendal.(…)

Frater Caerulus disse...

...por falar em tricotar, ouvi dizer qe há quem ande a morrer por um tal gorrinho para o nariz faz tempo ;)