sexta-feira, agosto 06, 2004

Drenada a mais valia

Fui jantar a casa dos meus pais. Pediram-me que lhes explicasse no que ando a trabalhar. Respondi que em nada de interessante, que tinha até dificuldade em me lembrar. E era verdade. Depois, consegui aceder à memória e disse: sopas... e empilhadores. Dito em voz alta é particularmente irreal.

Há duas noites Hamakune citava-me o Chuck Palahniuk acerca de trabalharmos em empregos de merda para comprarmos tralha de que não precisamos. Há verdade nisso, difícil é não o reconhecer. Mais difícil é fazer algo a esse respeito. Sacrifícios a estranhos deuses, entidades a que alude Lovecraft.

2 comentários:

Frater Caerulus disse...

Mateus 6, 25-34

Frater Caerulus disse...

O bonito nestas coisas é que é sempre possível encontrar uma voz na Bíblia que diga o que queremos ouvir. Agora eu citaria o Eclesiastes e tu não sei que epístola de Paulo. Poderíamos continuar assim durante algum tempo.

Mas desse modo eludiriamos aquele que é para mim o facto crucial desta pequena troca, nomeadamente a tua facilidade em partir para um argumento ad hominem quando vos abro o coração.

Enfim, Mateus 7, 1-2. A vida já é difícil o suficiente. Não preciso destas cenas.