segunda-feira, junho 28, 1999

Por um momento tudo me parece correcto; sereno; claro. As cores e texturas fazem sentido; o sabor do chá com leite também. A forma como a luz se derrama pelo teclado. Não sei que prodígio é este mas não o quero deixar escapar. Temo contudo estreitá-lo demasiado avidamente. Posso estrangulá-lo.

Percebo que estou fechado para muito daquilo que tem feito a minha vida válida. Não sou só o sujeito de uma degradação física mas também, e principalmente, o sujeito de uma degradação vital, anímica.

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