terça-feira, junho 21, 2005

Na medida em que adquirimos significado em contexto, na medida em que quem somos é função de com quem vamos sendo, é grande a nossa vulnerabilidade a mudanças bruscas de contexto: ser preso, emigrar, terminar um ciclo de ensino, chumbar, os nossos amigos mudarem de casa, etc. Olhando para trás, encontro na minha vida uma sucessão desses traumatismos. Pergunto-me se lhes sobrevivi. Pergunto-me também se deles fui nascendo. Há que morrer para nascer, afinal.

segunda-feira, junho 20, 2005

Outra prova da existência de Deus

A fineza da ironia que há em a França, nação que de forma mais evidente deve a sua existência à ingerência divina no curso da História, ser o bastião do laicismo.

segunda-feira, junho 13, 2005

Até amanhã camarada


De Álvaro Cunhal
Originally uploaded by Anadil.


Há uns dias liguei a rádio e ouvi o fim de uma notícia: O PCP lamentava a perda de alguém de muitas convicções e ideais que muito contribuiu para a construção do regime democrático, Ministro de quatro governos provisórios, etc...Percebi então que se tratava de Vasco Gonçalves, mas o meu primeiro pensamento foi que teria morrido Álvaro Cunhal. Pensei na perda que seria TAMBÉM a morte deste senhor. E estava tão próxima, só passaram uns dias!

"Tenho visto alguns chamados protagonistas na vida nacional, que, na sua biografia, ou autobiografia, contam como eram em crianças, começam por aí, desde que nasceram. Eu não me lembro do momento em que nasci, o que senti ao chegar cá fora. Mas sei, por informações dos livros e por experiência dos outros, que chorei de certeza."
Cinco conversas com Álvaro Cunhal, Catarina Pires

sexta-feira, junho 03, 2005

Bardo, estado transitório. Vago equivalente de Limbo. Nenhures. Não-lugar. Utopia.

quarta-feira, junho 01, 2005

Que se foda a dualidade acção-pensamento e todos os cabrões que nos querem convencer de que há que optar.