Para ele [o letrado], um livro não é o anjo que levanta voo logo que ele abriu as portas do jardim celeste, mas um ídolo imóvel, que adora por ele próprio, que, em vez de receber uma dignidade verdadeira dos pensamentos que desperta, comunica uma dignidade fictícia a tudo quanto o rodeia. (...) considero doentio este gosto, esta espécie de respeito fetichista pelos livros...
Proust, M. (1997 [1905]). O Prazer da Leitura. Lisboa: Editorial Teorema, pp. 45-46.
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quinta-feira, agosto 23, 2007
Posta de Proust
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